quarta-feira, 27 de maio de 2009

As entrevistas dos 2 candidatos à Presidência do Sporting

Os dois candidatos à Presidência do Sporting, José Eduardo Bettencourt e Paulo Cristovão, concederam, cada um deles, uma entrevista ao Jornal Sporting.
Abaixo ficam as respectivas entrevistas, para quem ainda não teve acesso ao seu conteúdo.
Entrevista a JOSÉ EDUARDO BETTENCOURT
1 - Porquê ser candidato?
Porque adoro o Sporting e quero materializar um projecto por um Sporting maior, vencedor, eclético, de profundas raízes nos seus sócios e no todo nacional. Proponho-me mobilizar sócios, adeptos, colaboradores, atletas, técnicos e dirigentes. Fechar rapidamente a reestruturação financeira com a garantia de o Sporting deter a maioria do capital da SAD. Dotar o clube de um modelo de governo que maximize a eficiência, a clareza de objectivos e o atingir de metas bem definidas.
2 - Na sua lista, quais os detentores dos cargos: Presidente da Mesa da Assembleia Geral; Presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar; Composição do Conselho Directivo e Presidente da Sporting, SAD?
Na próxima Segunda-feira, 25 de Maio, apresentaremos no Auditório do Estádio, as listas completas aos quatros órgãos sujeitos a sufrágio. Uma coisa posso garantir, pusemos todo o nosso empenho na constituição das quatro equipas que vão a votos. Na equipa do Conselho Leonino, liderada pelo dr. Ernesto Ferreira da Silva, contamos com 40 sócios com mais de 20 anos de filiação clubista e com vários graus de experiência no Clube. Temos antigos atletas, dirigentes e jovens associados que integram pela primeira vez nas suas vidas os órgãos sociais do Clube da sua paixão, sendo de assinalar o grau de renovação neste órgão. Na equipa do Conselho Directivo haverá uma redução de cerca de 40% no número de membros e uma taxa de renovação de 50%. A Mesa da Assembleia Geral conta com novos membros, enquanto na composição do Conselho Fiscal e Disciplinar se verifica uma taxa de renovação superior a 30%. È minha intenção criar um espírito propicio a uma útil cooperação e comunicação entre o Conselho Directivo e os demais órgãos sociais.
3 - Que primeira medida tomará, caso seja eleito?
A situação actual do nosso clube exige que sejam tomadas diversas medidas com carácter imediato. Em todo o caso, entendo como fundamentais, as seguintes: – acelerar imediatamente a preparação da nova época desportiva do futebol e das mais de 20 outras modalidades; – concluir o processo de reestruturação financeira, com o apoio claro dos sócios; – implementar o modelo de organização interna, com objectivos bem definidos. Estas medidas só serão plenamente alcançadas com o empenhamento e a motivação de todos os Sportinguistas.
4 - Das recomendações do VIII Congresso Leonino, destaque três medidas a implementar.
A riqueza dos contributos e recomendações do Congresso foi tão grande, que é difícil destacar apenas três delas. Considero contudo que se deve realçar a prioridade a dar às relações com os sócios e com os núcleos, bem como o compromisso com um Sporting eclético e a criação da figura do Provedor dos Sócios, para o qual gostaria de contar com o Dr. Ernesto Ferreira da Silva.
5 - O Clube tem vindo a aumentar o número de modalidades. Que novas modalidades para tornar o clube ainda mais ecléctico?
A dimensão eclética do Sporting passa em primeiro lugar pelo aumento da competitividade das modalidades já existentes, tanto as federadas, como as que evoluem no domínio da formação e que no futuro poderão ganhar condições para se incluírem nas primeiras. De igual importância são as actividades de massificação da prática desportiva.Neste contexto, contamos com o saber e o empenhamento, entre outros, do inigualável Prof. Moniz Pereira e do campeoníssimo Júlio Rendeiro.
6 - Futebol. O que deseja manter e mudar no Sporting?
O que desejamos, antes do mais, e para onde convergiremos muito dos nossos recursos e capacidades, será no primeiro objectivo de todos - sermos campeões!Sem diminuir a importância das modalidades que dão a dimensão eclética do Sporting, apostaremos não só no futebol, como galvanizador da paixão clubística, mas também no reforço do projecto desportivo, formativo, social e económico da Academia, com a continuação da sua política de expansão e internacionalização.
Entrevista a PAULO CRISTOVÃO
1 - Porquê ser candidato?
Porque o momento do Clube assim o exige. O Sporting tinha nas últimas eleições, há três anos, cerca de 42 mil associados efectivos, em condições de votar. Hoje, tem pouco mais de 25 mil, um número inferior, por exemplo, ao Vitória de Guimarães. O Sporting colocou em causa, nos últimos 13 anos, o seu património fundamental: os seus sócios e adeptos. O sportinguista não pode ser tratado como um mero cliente, de forma distanciada. Merece respeito, emoção e uma liderança próxima. O Sporting tem de regressar aos seus sócios e adeptos.
2 - Na sua lista, quais os detentores dos cargos: Presidente da Mesa da Assembleia Geral; Presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar; Composição do Conselho Directivo e Presidente da Sporting, SAD?
A nossa lista propõe uma renovação alicerçada na experiência. O dr. Luís Santos Ferro presidirá à Mesa da Assembleia Geral. No Conselho Fiscal e Disciplinar, aposto no dr. Paulo Rodrigues Henriques. O Conselho Directivo será composto por cinco vice-presidentes e três vogais, com divisão pelos temas Clube, Sócios e Núcleos, Finanças, Património, Eclectismo e Modalidades e Marketing e Comunicação. O futebol será assumido por mim, o presidente do Sporting Clube de Portugal, como defendo.
3 - Que primeira medida tomará, caso seja eleito?
É uma pergunta de resposta difícil. São muitas as alterações a efectuar de modo a promover o regresso do Sporting à sua essência. Posso referir, como exemplo, que uma das aparentemente mais simples, mas não menos significativas acções que tomarei, é acertar com a nossa «velha glória» Ivaylo Yordanov a realização do seu merecido jogo de despedida, pois foi um homem que deu algo mais pelo Sporting, para lá do que é exigível a um profissional pago pelo Clube. Outra medida que pretendo seja estudada rapidamente é a possibilidade dos «sócios diamante» terem benefícios e acesso ilimitado, dentro das possibilidades, em Alvalade. Os sócios mais antigos e fiéis merecem, no final da vida, o reconhecimento «leonino», e cá estarão os jovens para o implementar.
4 - Das recomendações do VIII Congresso Leonino, destaque três medidas a implementar.
Prefiro destacar uma recomendação que não foi aprovada e que norteia a linha de orientação do programa Ser Sporting: o Sporting Clube de Portugal deve ter como prioridade o seu sócio. Só o regresso de sócios e adeptos pode viabilizar financeira e desportivamente o Sporting. Mas, para isso, é necessário primeiro reconquistá-los. Entre as aprovadas, destaco, no entanto, a instauração do cargo honorífico de presidente vitalício, que considero dever ser entregue ao professor Moniz Pereira, com o qual gostaria muito de continuar a contar após vencer as eleições. Moniz Pereira é ser Sporting.
5 - O Clube tem vindo a aumentar o número de modalidades. Que novas modalidades para tornar o clube ainda mais ecléctico?
Antes mesmo de aumentarmos modalidades, é necessário viabilizar as existentes e dotá-las de competitividade. É necessário também apostar na formação nas modalidades, com os mesmos objectivos e filosofia que é seguida no futebol. Mas o reforço do eclectismo passa incontornavelmente pela construção de um Pavilhão do Sporting Clube de Portugal, próximo do Estádio José Alvalade, corrigindo um erro histórico que esse, sim, fez perigar o eclectismo «leonino». É um dos compromissos que assumo e estamos a trabalhar já nesse sentido.
6 - Futebol. O que deseja manter e mudar no Sporting?
O futebol do Sporting tem, neste momento, valências excepcionais a manter, reflectidas em algumas pessoas e processos de qualidade, sobretudo na formação. É no futebol sénior que existem maiores necessidades. Necessidade de exigência, de rigor, de implementação de métodos de trabalho e gestão condizentes com os objectivos de um Clube da grandeza do Sporting. Posso ilustrar com um exemplo: um jogador do Sporting não pode afirmar que, ao contrário de clubes anteriores, o Sporting o abandona à sua sorte no que ao acompanhamento da sua vida diz respeito. O jogador do Sporting deve estar única e exclusivamente concentrado em jogar, cumprindo ao Clube apoiá-lo na resolução das questões menores mas não menos importantes da sua vida. Isso no Sporting não acontece. O futebol do Sporting necessita de mais profissionalismo e implementação de soluções aplicadas nos melhores clubes europeus e que não custam necessariamente muito dinheiro.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Paulo Cristovão surpreendeu pela positiva

Vi ontem o "Dia Seguinte" na SIC Notícias, no qual esteve presente o candidato à Presidência do Sporting Paulo Pereira Cristovão.
Até ontem, tinha ficado com tudo menos boa impressão dele: claro populista, com declarações pouco dignificantes em relação aos seus adversários de campanha e com uma equipa que o envolve com um sem número de ilustres desconhecidos. Li o seu programa eleitoral, mas, na altura, sinceramente, não fiquei impressionado. Ontem, pelo contrário, na entrevista que deu na SIC, a sua postura e as suas ideias prenderam-me ao ecran.
Pareceu-me uma pessoa com ideias firmadas, com projectos estruturados e não o Sportinguista desenfreadamente apaixonado pelo clube, iludido com o sonho de qualquer adepto mais doente de um dia assumir a Presidência do Sporting. E foi firme naquilo que disse. Passo a enumerar vários aspectos que me pareceram muito importantes no seu projecto:
1. Pretende o dito candidato reduzir a estrutura do grupo de empresas do Sporting de modo a reduzir custos desnecessários que existem actualmente;
2. Quer reduzir a massa salarial, que aumentou nos últimos 6 meses, segundo ele, 54% (!!!);
3. O treinador não é Paulo Bento e será um outro com mais experiência, o qual será anunciado ainda esta semana (não obstante os sócios e adeptos do Sporting gostarem mais ou menos do Sporting, agradou-me o facto de não haver rodeios nesta questão);
4. O Pavilhão Desportivo (é um puro escândalo ainda não termos o nosso e jogarmos sempre em casa emprestada) vai ser construido de imediato, caso vença as eleições;
5. A ideia de utilizar parte da quotização para as modalidades ditas amadoras parece-me uma ideia congruente;
6. Irá ser explorada uma potencial "Sporting TV", à imagem do que já sucede com (o flop) Benfica TV.
7. O seu salário, segundo ele, estarão muito distantes dos € 400.000,00 ano que o Dr. Bettencourt irá auferir, caso vença as eleições.
Resta aguardar, por uma questão de igualdade de critérios, que a SIC Notícias promova a possibilidade do Dr. Bettencourt dar uma entrevista ao dito canal e esclarecer os sócios e adeptos do seu projecto convenientemente.
Salvo melhor opinião, gostei de muitas das ideias do ex-inspector da PJ Paulo Cristovão. A equipa que está por trás dele, pelo facto de não conhecer ninguém (excepção feita à Isabel Trigo Mira), é que não me dá garantias nenhumas. E não sei como combater isso.
Sou franco e digo-o: estou, nesta altura, mais pendente a votar Dr. Bettencourt no próximo dia 5 de Junho. Mas preciso de ouvir o Dr. Bettencourt e o seu projecto, coisa que ainda não consegui.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Em tempo de eleições, venha um candidato com ambição de ser campeão!

Numa altura em que um dos temas que domina a actualidade são as eleições no Sporting e ainda não existe qualquer candidato oficialmente tido como tal, antevê-se que, nestes próximos dias, surjam 3 nomes para assumir o cargo: Pedro Souto, Rogério Alves e Dias Ferreira.
Uma definição breve dos 3 candidatos:
Com franqueza, desconheço o trajecto enquanto Sportinguista e profissional de Pedro Souto. Nesta fase, sei apenas que é um gestor que apresenta 2 "trunfos": primazia total à procura de renovação de contrato com Paulo Bento e eventual assessoria de Luís Duque, um homem que, como é sabido, foi um dos pilares na conquista do título em 1999/2000, após 18 anos de jejum.
Rogério Alves foi Bastonário da Ordem dos Advogados e foi, até aqui, o Presidente da Assembleia Geral e um dos braços direitos de Soares Franco. Na minha opinião tem um pseudo-problema: é licenciado em Direito e não terá - digo eu - a noção de gestão empresarial necessária nestas andanças.
Por último, Dias Ferreira sempre foi um apologista da continuidade de Soares Franco e sempre afirmou publicamente que esperava que o ainda actual Presidente do Sporting reconsiderasse a sua recandidatura. Em caso de eventual candidatura, Dias Ferreira terá certamente o apoio de muitos adeptos, mas isso não chega e os apoios necessários para uma situação como esta, pelos vistos, ainda não tem.
Em resumo, é "esperar e ver". Faço questão é de frisar um aspecto que me parece muito importante: quem quer que seja eleito, tem - à semelhança do que já disse Paulo Andrade - é de ter espirito de luta e ambição pelo 1º lugar e não satisfação pelo 2º. O Sporting é um clube demasiado grande para se contentar com a 2ª posição, seja em que modalidade for, muito menos no futebol profissional.