quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Fomos uns anjinhos

Fomos uns anjinhos contra o Barça.
A vitória é incontestável, o Barça é claramente superior e as previsões teóricas e práticas confirmaram que o Sporting não seria capaz de mais que tentar contrariar até onde podia o colosso catalão. Valeu o facto de já estarmos qualificados para os oitavos-de-final e esse mérito, alcançado há já 15 dias, já ninguém nos tira. Ainda assim, meus amigos, tenham paciência: uma coisa é perdermos com grandes golos e futebol espectáculo do Barça, outra coisa é conseguirmos marcar 2 autogolos, jogar sem ponta de agressividade durante 45 minutos e encaixar 5 golos em casa. Seja lá o Barça, o Milan ou Manchester, 5 golos não têm desculpa.

Pior que isso! Conseguimos fazer o 2-3 quase sem saber ler nem escrever e logo a seguir o Caneira faz um auto-golo inacreditável e deita por terra qualquer esperança para o que faltava do jogo. Faltavam 20 minutos e o jogo podia, quem sabe, virar e o Barça tremer.

Só mesmo o Pereirinha, o Moutinho e o Carriço (à excepção do 0-1) fizeram um jogo, diria, aceitável.

Repito, fomos uns anjinhos. E depois lá está...isto de jogar com uma equipa com 6 ou 7 jogadores com menos de 22 anos na Champions League tem o seu preço.

O jogo não contava "para nada", mas sempre que vou ao estádio é para ir ver o Sporting ganhar. Dispenso "borlas" e o adepto mais aguerrido não perdoa estes resultados. Eu não perdoo.


A terminar, deixo uma história que me comoveu e que se passou directamente comigo antes do jogo começar. Um casal de cegos dos seus 45 anos, acompanhados por um cão-guia, perguntou-me se lhes podia dizer onde era a bancada Sapo. Disse-lhes sumariamente onde era, mas fiz questão de os levar pelo meu braço até lá. Não resisti e perguntei-lhes como é que eles sentiam um jogo sem o poder ver. A resposta foi simples: "Amigo, venho a Alvalade há 24 anos com a minha esposa e sei o que se passa a cada jogada. Sinto as emoções do jogo tal qual como o senhor". Fiquei sem palavras e incalculavelmente feliz por dentro por haver alguém mais limitado que a generalidade das pessoas que consegue tirar partido de um espectáculo porventura maior do que aqueles que o conseguem ver. Um bem-haja para eles. Perdemos, mas regressei feliz a casa ao saber da felicidade daqueles adeptos.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Vitória com 9 jogadores contra 12 adversários (mais uma vez)

Sábado, dia 22 de Novembro de 2008, Figueira da Foz: vitória da garra e da união de um grupo de miúdos que conseguiram aquilo que provavelmente outros mais experientes e batidos não conseguiriam, ou seja, vencer um jogo fora de portas que se adivinhava complicadissimo (para mim contra a equipa que melhor joga futebol na Liga até agora), com nove jogadores durante mais de meia hora até ao final do jogo, com um penalty defendido pelo gigante Patrício e contra uma arbitragem mais uma vez no mínimo tendenciosa e sempre parcial em prejuízo do Sporting.
Já não é de agora que se vai percebendo cada vez melhor que, continuando o mesmo tipo de arbitragens em jogos em que o Sporting participe, dificilmente seremos capazes de ser campeões. E, além de irritante, é desgastante ver o que se vê, já não digo para quem goste do Sporting, mas para quem goste de futebol.
O penalty foi bem assinalado contra o Sporting e as duas expulsões acabam por ser correctas. Mas o critério tem de ser uniforme! Ou não? Um minuto antes o Derlei é barbaramente agredido por um jogador da Naval que lhe crava os pitons no tornozelo. O lance é claro para vermelho directo. O que é que aconteceu? Saiu impune, sem nenhum cartão. Minuto 37 da 1ª parte: Rui Patrício vai bater um pontapé de baliza e não perde tempo nenhum a batê-lo (é que nem sequer estávamos no minuto 90 ou coisa que o valha). Consequência: decisão aberrante de Artur Soares Dias, que correu para o Rui Patrício e lhe mostrou a correr o amarelo.
Penalties com mergulhos para a piscina e entradas a matar por trás para vermelho directo num ambiente estudantil de descontracção é que estão bem. Esses ninguém viu. Pois, ninguém viu...
É normal o que está a acontecer? Eu direi, sim, infelizmente é normal.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Quem quer ser campeão não pode perder com os pequenos

Triste jogo foi aquele que cerca de 40.000 espectadores presenciaram no Sábado, em Alvalade.
Espectáculo propriamente dito não houve porque futebol bonito ninguém viu. Mas com isso posso eu bem se o Sporting acabar o jogo com os 3 pontos na bagagem. Só que, para além de termos defrontado uma equipa bem organizada como é o Leixões, no futebol moderno que hoje se vive, não podemos falhar golos como o que falhou p.ex. Romagnoli ou Hélder Postiga. Pior que isso, é mesmo perder em casa - sublinho, em casa - com um dos chamados "pequenos".
Quando perdemos com o Benfica ou com o FC Porto, eu disse peremptoriamente que esses são jogos cuja derrota não me preocupa. Sinceramente, não me preocupa, a não ser que seja um jogo decisivo. Muitos jogos temos ganho contra uns e outros e vencer a Liga é coisa que já nos foge há 6 anos. Taças de Portugal e Supertaças temos ganho com fartura, mas o título que qualquer clube almeja por excelência, é de facto o campeonato e esse, ganha-se com regularidade pontual. Acredito que o Leixões tenha sido um acidente de percurso, mas a atitude e o querer tem de mudar e jogar com mais convicção em busca da vitória. E, já agora, durante 90 minutos.
Oiço dizerem-me que o Benfica e o FC Porto também não jogam nadinha. E eu sei que isso é verdade. Basta ver o jogo contra o Estrela ontem na Luz ou o jogo contra o Dinamo, no Dragão. Mas como diz o outro, "com o mal dos outros posso eu bem". Têm tido mais uma nesga de sorte, mais um rasgo de felicidade...talvez. Mas também nós tivemos um rasgo de sorte nos dois jogos contra o Shakthar, p.ex. É preciso é jogar como jogámos contra o FC Porto e vencer! Assim, é jogar à imagem do clube e é isso que precisamos, fundamentalmente contra os ditos pequenos!
Resta esperar por mais desenvolvimentos e pelos próximos jogos. O próximo é contra a Naval, na Figueira da Foz e é, para mim, seguramente um dos mais difíceis de todos que tivemos até agora.
Por hoje fico-me por aqui, que ainda estou psicologicamente debilitado desde Sábado. Que isto de perder contra o "poderoso" Leixões não deixou ninguém satisfeito.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Um NOJO chamado Bruno Paixão

Razão teve ontem o Jesualdo quando acabou mais um "roubo de Igreja" em Alvalade. Disse ele que foi "uma vitória à Porto" e eu não posso concordar mais: uma vitória da mentira, da corrupção e da violência gratuita sem punição.

Valeu tudo: dois penalties por marcar a favor do Sporting, cotoveladas do Bruno Alves porrada a todo o campo com entradas sucessivas para amarelo sem a consequente admoestação, enfim, uma vergonha.

Fomos claramente melhores durante os 120 minutos e, arrisco dizer, fizemos a melhor exibição da época. E mais uma vez dou razão a PB, porque mais vale jogarmos mal e ganhar do que bem e perder.

Não contente com o que já disse, o burro do Jesualdo ainda se vem queixar da arbitragem, numa procura clara e inequívoca de atirar poeira para os olhos de quem viu o que ontem se passou. Provavelmente referia-se ao lance do Hulk que se atirou para o relvado, simulando o penalty (saltou do banco, indignadissimo), à cotovelada do Bruno Alves sobre o Abel, à chapada do Bruno Alves sobre o Liédson, dos 2 penalties que ficaram por marcar, da razia de amarelos que ficaram por mostrar aos jogadores do FCP ou até do canto que o Bruno Paixão não deixou marcar no último minuto da 1ª parte do prolongamento, não fosse o Sporting marcar nesse lance.

Só tenho pena do Bruno Paixão, porque deve ter pena dele mesmo de ser como é, ou seja, um triste corrupto, que não tem onde cair morto.

Ontem, saí (mais uma vez) revoltado com o que vi. Somos demasiado anjinhos ao agir com a comunicação social, temos de ser mais frontais e pressionar a arbitragem antes e depois dos jogos. Porque, infelizmente, é o que funciona neste país e na nossa Liga, caso contrário, o que se passou em casa contra o Trofense, no jogo com o Rio Ave e no jogo de ontem terá seguramente tendência a repetir-se.

Só tenho pena de não ter forças e decidir não ir mais ao futebol porque gosto demasiado do Sporting, do desporto em si e da confraternização que cada partida proporciona com o encontro de familiares e amigos.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Histórico!

Obrigado Derlei!
Ontem viveu-se uma das mais históricas vitórias do futebol do Sporting e de Portugal, com o apuramento para os oitavos-de-final da Champions League.
Foi lindo ver o público no estádio em absoluto delírio com o golo do Ninja, foi arrepiante ver o Paulo Bento e toda a equipa festejar efusivamente o golo que nos deu a passagem à fase seguinte.
Não o sabia, mas o Sporting é o clube com o orçamento mais baixo dos clubes que integram a Champions League e até isso é mais um motivo de orgulho, tal é a importância que o dinheiro tem nos dias de hoje no futebol moderno.
Já se sabia que ia ser um jogo tão ou mais complicado que o que fizemos em Donetsk e o Shaktar tem um leque de jogadores de classe mundial e que valem milhões. Foi um jogo por vezes muito táctico mas também muitas vezes com um futebol demasiado complicativo de ambas as equipas, com um número exagerado de passes falhados, especialmente na 1ª parte. O segundo tempo foi diferente e soubemos gerir e circular melhor a bola. Defensivamente, foi uma exibição quase irrepreensível, bem à imagem de PB. Depois, como em qualquer jogo de futebol equilibrado, é preciso um rasgo de sorte e magia. Foi o que fez Izmailov que partiu os rins ao Chigrinskiy e a seguir o Derlei, num trabalho "à Derlei". Obrigado Ninja, obrigado Sporting!
Deixo uma última palavra de boa sorte para benfiquistas e portistas, que o futebol português bem precisa de vitórias como a do Sporting. Pessoalmente, num dia histórico como o de ontem, recebi os parabéns de um(a) único(a) benfiquista. Foi só uma, mas não vou esquecer o fair-play. Porque se há coisa que infelizmente pouco vai correndo nos meios de comunicação social e rivais em geral é um desrespeito absoluto pelo Sporting, pelos seus feitos e pelos seus adeptos. Com pouco dinheiro, mas com muita humildade cá vamos andando, À frente e em frentes que muitos desejariam estar.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Vitória fundamental numa arbitragem sem ponta de vergonha

Foi uma vitória arrancada a ferros a de Vila do Conde. A equipa fez uma exibição q.b., mas dominou o jogo praticamente durante 75 minutos, altura em que Derlei foi expulso (não obstante a infantilidade do Derlei, foi apenas um entre vários casos de clara dualidade de critérios - veja-se a bolada do jogador do Rio Ave quando estoirou contra o banco de suplentes do Sporting, o qual saiu impune e sem o respectivo cartão). Vale o facto do Levezinho ser, de facto, quem resolve e faz a diferença, quando não temos mais quem o faça (desequilibradores no Sporting só mesmo Vukcevic - que não joga - ou Izmailov) e a equipa agradece a classe de Liédson. Dá gosto vê-lo jogar.
A arbitragem daquele fiscal de linha foi "um mimo", daquelas encomendadas a preceito e aqueles três fora-de-jogo consecutivos, todos mal assinalados e todos eles motivos de anulação de jogadas de perigo eminente e, inclusivamente, de golo (e vai mais um golo mal anulado ao Sporting, é de começar a perder a paciência) para a baliza do Rio Ave deixam qualquer adepto de cabeça perdida, é demais! Já chega!
Terça-Feira, dia 4 de Novembro, na minha opinião, jogamos um dos jogos mais importantes da época sem a mínima dúvida: em caso de vitória, estamos nos oitavos-de-final da Champions, encaixamos uns largos euros nos cofres e, mais importante que tudo, fazemos história (nunca alcançámos os oitavos na prova)! Para além disso, se ganharmos amanhã, PB pode gerir muito melhor a equipa e jogar com uma pressão muito inferior ou nula nos outros dois jogos da Champions (Barcelona em casa e Basileia fora). Seria fundamental para a vida e história do clube vencer o jogo quer para efeitos de prestígio internacional quer para efeitos internos.
Estou com fé num golo do Levezinho, daqueles "de raiva", com uma bomba a fuzilar o guarda-redes do Shakthar. O jogo vai ser incrivelmente difícil, disso ninguém tenha dúvida. É preciso o público substituir os assobios pelos aplausos e os jogadores apelarem à entrega total do colectivo. A vitória sobre o Rio Ave foi um importante trunfo psicológico para o jogo que aí vem. Agora, é preciso saber aproveitá-lo.