quinta-feira, 10 de abril de 2008

E quem não marca...

...arrisca-se a sofrer.
Assim foi o jogo com o Rangers. Custa muito perder numa fase adiantada como os Quartos-de-final e custa ainda mais perder na sequência de uma fase do jogo em que o Sporting estava bem, a carregar e a sufocar o adversário à procura do golo. No entanto, um lance no mínimo infeliz entre Veloso e Gladstone deitou tudo a perder e a falta de comunicação e de timing sobre a bola foi determinante. Aliás, Gladstone (ao contrário de Veloso, que até fez um jogo razoável e dando tudo o que tinha) tremeu que nem varas verdes durante quase todo o jogo. É bom que o brasileiro medite, se concentre e acredite ("só") um bocadinho mais nele. É que Polga, já é sabido, vai ficar de fora pelo menos 3 semanas e nem no jogo em casa contra o Marítimo é provável que volte. Aliás - e pelo menos eu arrisco-me a dizer que me apercebi disto tão bem dada a posição em que me encontro no estádio, na bancada por cima onde está a Juve Leo - a cada bola alta que vinha em direcção da defesa do Sporting, Tonel (jogo a roçar a perfeição, a meu ver) tinha de ir sempre e só ele em busca dela e Gladstone quase que se encolhia cheio de medo, como se a bola lhe fosse morder que nem um cão enfurecido. É bom que Gladstone mude de atitude. E depressa. Que isto de jogar no Sporting não é bem a mesma coisa que jogar no Cruzeiro, de onde ele veio.
Romagnoli, na minha opinião, passou ao lado do jogo (e ao lado do que ia na cabeça de Paulo Bento, porque jogou o tempo todo) e Izmailov cumpriu tipo "serviços mínimos" e pouco mais. Vukcevic bem tentou mas não teve a sorte do lado dele e Liédson não foi nada feliz, até com o poste a negar-lhe um golo que teria sido precioso.
Às vezes, as maiores equipas da Europa precisam de ser pragmáticas, saber sofrer e saber defender naquele momento certo, naquele segundo exacto. E se a sorte foi, de facto, um factor que não esteve do nosso lado, não fosse a azelhice de Gladstone ou a falta de comunicação de Veloso com ele e não estariamos agora a lamentar ter falhado as meias-finais da UEFA. Por vezes são pormenores que fazem a diferença e hoje, entre outras vicissitudes da partida, foi isso que aconteceu.
Mas do mal o menos, a equipa vai poder recuperar física e psicologicamente de outra maneira com menos jogos pela frente e a atitude e o querer, de há uns jogos para cá, voltaram a pairar na mente dos jogadores. Há que levantar a cabeça e recuperar para Domingo, que o tempo escasseia.

4 comentários:

Anónimo disse...

Com o Rangers…ou como já vi escrito Rangeres, equipa da emocionante e imprevisível liga Escocesa!
Verdade seja dita conseguiam correr mais com a bola sem se atrapalharem do que o Bolton mas mesmo assim por favor equipa fraca, com estilo de jogo físico e pontapé para a frente mas vem Alvalade ganhar por 2!
O Sporting eu sinceramente já não sei muito bem o que dizer, aliás acho que foste muito brando na avaliação de alguns jogadores, o Gladstone de pedra só mesmo o nome porque de resto que merdum de jogo até fez impressão, se o raio do Paulo Renato não estivesse lesionado apostava nele! De resto avaliar individualmente é difícil porque à excepção do Tonel e também pareceu o Veloso como bem disseste o resto da equipa foi no mínimo fraca, sem ideias, totalmente desunida, com plano de jogo que não deve ter sido bem a estratégia do PB mas que em campo parece que tudo falha, jogo a cruzar bolas para a área sabendo que defesa do Rangers têm 1.90m e fortes fisicamente, os jogadores quando recebiam a bola só a queriam despachar porém os colegas não abriam linhas de passes então tinham de se socorrer a mandar pontapés sem qualquer intenção para meio campo adversário! Foi um jogo muitíssimo fraco…mau…angustiante para os adeptos!

Não sei se viram mas na CNN no World of Sport em que o Pedro Pinto trabalha, vinham lá falar dos jogos da UEFA e no do SCP-Rangeres;), vinha descrito como uma “superb victory” ou seja a ideia que fico é que o Rangers é tão raro ganhar fora que qualquer vitória é adjectivada como soberba! Mostra bem o valor internacional da equipa.

Ludgi disse...

Grande Joni, de facto o Rangers parece (e é) uma equipa perfeitamente acessível. Aquele Darcheville é um zero redondo (aliás, bem redondo :D)e o resto é um conjunto de cepos que para lá andam - excepto o Barry Ferguson, que parece dar uns toques de bola - defendem é, de facto, bem e muito fechados. Vieram de propósito jogar em contra-ataque e...deram-se bem. De qualquer modo, por alguma razão eliminaram, p.ex., o Werder Bremen, que tem uma grande equipa. E apesar da sorte ser sempre um factor que é preferível não utilizar, ontem, valha a verdade, não esteve mesmo do nosso lado. Bastava a bola ao poste do Liédson entrar e o resultado tinha sido outro.
P.S. - Grimi recupera p.f. depressa que o Ronny jogar de início é que não!!!:D

Anónimo disse...

Concordo contigo que se a do Liedson tivesse entrado o resultado seria bem diferente, pelo menos acho que animava e encorajava mais a equipa até para buscar um segundo golo...mas futebol é mesmo assim!
Já não me lembrava que tinham eliminado o Bremem mas lembro-me que na altura fiquei bastante supreendido mas já vi como é que o fizeram:|

Por falar no Ronny o que aconteceu ao André Marques?

Ludgi disse...

Grande Joni, o André Marques está neste momento emprestado ao Freamunde(!). Antes disso esteve no Leiria, mas agora está lá para o norte. Dá-me ideia que é um jogador banal, sem chama, embora forte fisicamente.
Creio que para o ano, quem sobe à equipa principal é mesmo o Tiago Pinto (filho do JVP) e o puto é mesmo muito bom, acredita. Espero mesmo que faça a próxima temporada na equipa sénior, tal como Celestino (neste momento no E. Amadora), que me parece ser um miúdo muito inteligente com a bola nos pés.
Já agora, e a finalizar, venha o Daniel Carriço (defesa-central a quem muitos auguram um futuro de ouro), que se faz tarde.